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Organização, planejamento e ação: o que a psicologia tem a ver com isso?

O dia mal começa e já temos uma infinidade de atividades a serem feitas e compromissos a serem cumpridos.

Quando adultos, o planejamento e organização abrange, por exemplo, os cuidados pessoais, os afazeres domésticos, as exigências do trabalho ou a busca de um novo emprego, a atenção com as necessidades dos filhos, ou ainda, arranjar um tempinho para uma atividade de lazer.

As exigências com os estudos, a escolha de uma profissão ou a busca de um emprego, a prática de algum desporto, as descobertas e vontades pessoais ou o envolvimento com atividades sociais e interação com os amigos acabam por ocupar grande parte da rotina dos adolescentes.

Com as crianças a rotina tem uma intervenção direita dos pais e ou cuidadores. São eles quem, muitas vezes, determinam a rotina de estudos, atividades extracurriculares, atividades de lazer e encontros com os amigos, e, até mesmo, os horários destinados para o sono e alimentação das crianças.

A organização, o planejamento e a ação não abrangem apenas as atividades de nossa rotina diária.

A médio e a longo prazo tendemos a estabelecer inúmeros objetivos pessoais: aprender um novo idioma, iniciar e construir o hábito da prática de exercício físico, obedecer uma dieta alimentar saudável, ou ainda colocar em ação algum projeto profissional, dentre tantos outros.

Para alguns, atingir os objetivos e metas que estabelecem é algo prazeroso, e apesar de despender tempo e dedicação, e as vezes, demorar um pouco mais do que o previsto, têm como um dos resultados a sensação de satisfação e dever cumprido, mesmo que nem tudo tenha saído como se era esperado.

No entanto, para outros, todo o processo envolvido nas ações para atingir um objetivo ou uma meta, torna-se um gatilho para desencadear ansiedade, frustração e até mesmo tristeza.

Por vezes, apesar de existir a motivação para dar início a determinada atividade, a procrastinação, a insegurança ou a falta de comprometimento entram em cena e, como consequência os pensamentos e comportamentos necessários para seguir em frente são, aparentemente, bloqueados. Nesses casos, pensamentos como: “tem algo que não está certo”, ou “amanhã eu faço” acabam por direcionar os planos e os objetivos parecem apenas ideias inacabadas.

Mas afinal, o que isso tudo tem a ver com a psicologia?

Antes de responder a esta pergunta, vamos lançar outras que talvez sejam até mais fáceis de responder (ou não):

– Você conhece alguém que já se queixou de frustração por não conseguir fazer todas as atividades que tinha programado em um dia?

– Você mesmo(a) já se queixou por não conseguir se organizar para começar algo novo, ou colocar em prática alguma ideia de que tem vontade?

– Por que, muitas vezes, não conseguimos nos sentir motivados para começar e manter uma atividade física ou aquela dieta com alimentos saudáveis?

Na tentativa de oferecer uma “solução” para as possíveis respostas a estas perguntas, em especial se estiverem relacionadas a um constante sentimento de frustração e “falha”, nos são oferecidas em diferentes meios, inúmeras dicas e métodos para organização e planejamento de atividades, bem como, como colocar em ação o que foi planejado. Além disso, é comum encontrarmos uma série de explicações e direcionamentos sobre motivação, comprometimento ou de como podemos nos manter constantemente em ação.

E essas “soluções” funcionam?

Para alguns sim, e muito bem, para outros, no entanto, acabam por gerar ainda mais ansiedade e frustração.

E é aqui que a psicologia entra em ação.

Num processo psicoterapêutico para além das dicas, (sim, porque elas sempre são importantes) são avaliados de maneira individualizada os aspectos cognitivos, motivacionais, emocionais e comportamentais que interferem e ou influenciam no planejamento, na organização e nas atitudes essenciais para colocar em ação as atividades ou objetivos aos quais nos propomos a atingir.

Ok, vamos detalhar um pouco mais.

Num processo psicoterapêutico quando o tema em foco é a organização, o planejamento e colocar em ação sejam as atividades rotineiras ou objetivos de médio e longo prazo, é possível:

– identificar quais são as atividades e objetivos pessoais;

– analisar o que é e quais são as prioridades dentre todas atividades que surgem durante o dia;

– como e por que essas atividades e objetivos foram estabelecidos;

– identificar as interferências do contexto nesses planos;

– desenvolver estratégias adequadas para cada indivíduo no que se refere a organização, o planejamento e atitudes de ação para cada uma das atividades estabelecidas;

– analisar se existem os meios necessários para colocar em ação o que foi planejado;

– analisar os significados atribuídos a cada um dos objetivos;

– identificar quais os reforçadores pessoais e ambientais para que os comportamentos necessários para atingir os objetivos sejam motivados e mantidos;

– tornar consciente os pensamentos que surgem em relação a cada etapa desde a organização das ideias, ao planejamento e as atitudes de ação;

– identificar as respostas emocionais e crenças centrais, intermediárias e automáticas relacionadas às etapas necessárias para atingir um objetivo;

– perceber o que acontece quando as coisas parecem não estar saindo como o planejado…

Mas não só, existem outros aspectos que se fazem pertinentes e que podem ser desmistificados e discutidos na psicoterapia. A ideia é respeitar e atender as especificidades e individualidades de cada indivíduo.

O que se deve ter em consideração é que a psicologia tem subsídio teórico e prático com intervenções capazes de aprofundar as diferentes maneiras de auxiliar adultos, adolescentes, pais, mães e crianças no desenvolvimento de estratégias e habilidades que os conduzam ao alcance de seus objetivos.

E você, tem ou já teve alguma dificuldade em organizar as ideias, planejar as atividades e colocá-las em ação?

(Sim, fique a vontade e comente, interaja conosco?)

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